sexta-feira, 29 de abril de 2011

Paralização do curtume provoca cerca de 100 demissões

Por: www.oestegoiano.com.br

Unidade de processamento de peles e couros, instalada no município de Iporá – Grupo JBS – ou conhecida pelo povo como simplesmente “curtume”, - há duas semanas paralisou as atividades, afirmanCurtudo ser por tempo indeterminado devido à questões de mercado, a valorização cambial, ou seja, à valorização do Real frente ao Dólar. A reportagem do Jornal OG procurou os gerentes da unidade industrial, mas estes afirmam não estar autorizados a conceder entrevistas.


O tradicional e conhecido curtume, instalado em Iporá, na GO-221, Km 3,5 à esquerda de quem vai para Palestina, paralisou, demitindo aproximadamente 100 funcionários. Em entrevista ao Jornal 12ª Hora, da Rádio Felicidade, um dos donos da unidade; Júnior Batista – Júnior do Friboi - afirmou que a paralisação se deve à valorização do dólar que colocou os preços menos competitivos diante dos preços internacionais.
O Impacto das demissões no curtume sobre o comércio local

Um volume de aproximadamente R$ 70.000,00 de salários pagos mensalmente deixariam de circular caso não fossem os pagamentos de FGTS, Seguro Desemprego, Férias e 13° Salário pagos no ato da demissão. Desta forma, o impacto das demissões não seriam sentidos imediatamente pelo comércio local, mas dentro de alguns meses, na ordem de aproximadamente R$ 70.000,00 mensais e em R$ 840.000,00 anuais que deixariam de ser consumidos e gastos no comércio local.

A Apreciação Cambial

Os pagamentos realizados entre países geralmente possuem por base o dólar. De maneira que, quanto menos dólares sejam necessários para comprar uma quantidade de reais; melhor para as empresas que, no Brasil, trabalham com exportação, geralmente exportação de commoditties, tais como, grãos, minérios; álcool; carnes; peles, couros, dentre outros. O Estado de Goiás trata-se de um caso ilustrativo desta situação. Neste caso diz-se que o dólar encontra desvalorizado e quanto maior sua desvalorização maior o impulso para as exportações, pois os agroindustriais acabam aferindo taxa maior de lucro e os compradores; adquirindo o produto por um preço menor.

No entanto, o inverso ocorre no momento e preocupa as autoridades monetárias. Com a valorização do dólar e, considerando a pauta do Estado de Goiás composta por commodities – cotadas em mercados internacionais – os produtos tendem a ficar mais caros no comércio internacional, pois se necessita de uma quantidade maior de dólares para se pagar pelos produtos brasileiros o que, acaba desestimulando sua venda em outros países – uma vez que esta valorização não ocorre somente perante o dólar, mas também em relação a outras moedas provoca a tendência à paralisação de plantas industriais no Estado de Goiás. Deste fenômeno é vitima o grupo JBS e demais grupos no Estado de Goiás que trabalham com commodities – produtos para exportação. (João Batista da Silva Oliveira)

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