sexta-feira, 25 de março de 2011

Armadores brasileiros pedem a Dilma diminuição dos encargo

Por Sérgio Matto / exportnews.com.br
O diretor do Sindicato dos Armadores (Syndarma), Roberto Galli, confia na aprovação, pelo governo de modernização do Registro Especial Brasileiro, ou Novo REB, que está em exame na Casa Civil. Com o Novo REB, os custos poderão cair – seja por subsídios, isenções ou outra forma aprovada pelo governo – e, pouco a pouco, as empresas brasileiras poderiam voltar a portos internacionais. No momento, o Brasil convive com um déficit de fretes que chegou a US$ 16 bilhões em 2010.

- Em geral, pode-se dizer que o custo brasileiro é o dobro do estrangeiro – afirma Galli. Ele não quer reduzir salários dos marítimos, mas cortar acréscimos na folha salarial, que não vão para o bolso dos tripulantes, mas oneram os armadores. A fórmula está em estudos em Brasília. Sobre a cabotagem, lembra que vai bem e que eventuais críticas são as de quem usa o sistema, como um passageiro de trem que reclama do meio de transporte mas não o troca por outro. Lamenta que haja cobrança de ICMS sobre combustíveis na cabotagem.
Em relação a práticos, Galli revela que a entidade tem feito negociações, sem maiores confrontos. Em relação a portos, o Syndarma não entra em detalhes, mas defende que sejam “corredor e não degrau”. Galli cita frase de Deng Xiao Ping, segundo a qual não importa a cor do gato, desde que cace os ratos. Os armadores querem portos eficientes, sem entrar em detalhes de como serão as normas do governo para disciplinar o setor.
Em relação à polêmica sobre mão-de-obra, dados oficiais do Syndarma indicam que, este ano, há carência de 288 oficiais de marinha mercante em relação às necessidades e que essa falta atingir nada menos de 1.339 oficiais de marinha em 2014. Segundo Galli, a Marinha do Brasil – que forma os oficiais – já tomou medidas para médio e longo prazo e o problema se resume ao curto prazo. Além disso, citou que há evasão – gente formada que toma outros rumos, o que se constitui em fator aleatória. Outro ponto é que os navios estão cada vez mais sofisticados e, portanto, não há como apressar a formação de pessoal, de quem se exige excelente capacitação. No Syndarma, hoje, há maioria de associados ligados ao apoio marítimo, 24, em comparação com 15 armadores de navegação comercial

Nenhum comentário:

Postar um comentário