terça-feira, 15 de março de 2011

Comércio entre Brasil e Índia deve crescer 35% em 2011, estima CCBI

Por Francine De Lorenzo | Valor

SÃO PAULO - Brasil e Índia esperam estreitar suas relações comerciais ao longo deste ano, promovendo um incremento de ao menos 35% nos negócios entre os dois países, segundo a Câmara de Comércio Brasil Índia (CCBI). Em 2010, a corrente de comércio entre os dois países movimentou US$ 7,7 bilhões, 38% mais que no ano anterior.

Para 2011, a expectativa é de que o montante bata os US$ 10 bilhões, meta fixada para o ano passado e que não chegou a ser atingida.


“Estamos trabalhando a diversificação dos nossos parceiros comerciais, e a Índia está neste contexto. Hoje o país já é o 16º no ranking de parceiros comerciais”, disse o secretário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, ao participar da feira de negócios The Índia Show, que acontece nesta sexta-feira em São Paulo.

Apenas nos dois primeiros meses de 2011, de acordo com o secretário, o fluxo de negócios entre Brasil e Índia já contabiliza US$ 1,1 bilhão, o que representa aumento de 30% frente ao mesmo período de 2010. “Se continuar nesse ritmo, não teremos dificuldade para chegar aos US$ 10 bilhões”, calcula.

O presidente da CCBI, Roberto Paranhos, entretanto, critica a postura protecionista do Brasil diante do comércio internacional. Em sua avaliação, é um erro o país lançar medidas neste sentido, ainda que a indústria nacional sofra com a forte desvalorização do dólar.

”Não podemos pensar apenas em exportar. O melhor caminho é fazer parcerias ou joint ventures. Só com uma relação de cooperação poderemos efetivamente nos tornamos competidores internacionais”, afirma, acrescentando que o Brasil poderia se fortalecer com a venda de conhecimento.

Os indianos, por sua vez, demonstram grande interesse pela expertise brasileira, principalmente nos agronegócios. “O Brasil tem boas soluções produção e conservação de alimentos. Nós temos muitos problemas com isso na Índia queremos aprender as técnicas utilizadas aqui”, revelou Shubhendu Amitabh, presidente do Comitê América Latina e Caribe da Confederação das Indústrias Indianas (CII).

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